oalmirante @ 20:57

Seg, 27/06/11




oalmirante @ 17:45

Seg, 27/06/11

Porto, 27 de Junho de 2011

 

O resultado eleitoral de 5 de Junho, mais do que derrotar o socialismo vigente desde 25 de Abril de 74, foi a concretização de um sonho, o sonho “social-democrata”, “um presidente, uma maioria, um governo”. No entanto, os tempos são ingratos para o novo residente de S. Bento, que por mais que se esforce terá que acarretar com a herança socialista, e uma situação internacional extremamente sensível e, por isso, imprevisível.

Mas nem por isso será de descurar o caderno de encargos que este Portugal exige que se cumpra, e portanto face ao domínio político do PSD sobre todas as estruturas do Estado português urge que façamos, agora, uma revisão à Constituição, que tem claramente um pendor revolucionário. No meu entender, e certamente no do governo, esta revisão constitucional deveria pautar-se pelos seguintes princípios e objectivos:

  1. Acabar com o carácter excessivamente controlador da Constituição, que descaracteriza o Estado de direito;
  2. Limitar a tendência de centralização do poder, muito suportada pelos pressupostos caducos de Rousseau, em prol da difusão e equilíbrio de poderes;
  3. Impedir princípios igualdade que resultem em políticas de uniformização, em prol da liberdade.

Contudo, admito que uma revisão constitucional suportada nestes princípios possa ser até desrespeitoso com a nossa história recente, mas por algum lado temos que começar a mudança, e o PS começa a ceder, evidencia a candidatura de Francisco Assis, talvez por falta de suporte ideológico, atesta a candidatura de António José Seguro.

Utopicamente seria possível ter uma divisão administrativa suportada em três níveis: municípios, regiões e Estado central.




oalmirante @ 17:01

Sab, 11/06/11




oalmirante @ 15:05

Sab, 11/06/11

Porto, 11 de Junho de 2011

 

Penso que nunca me tinha pronunciado acerca do jornalismo português em nenhuma das minhas reflexões, irei portanto fazê-lo agora, mais concretamente, por causa das declarações de Ana Gomes, eurodeputada do PS, acerca do “efeito Strauss-Kahn” em Paulo Portas. Vamos primeiro às declarações de Ana Gomes:

"Não está em causa a sua legitimidade do seu partido mas sim do dr. Paulo Portas, pessoalmente pela sua idoneidade pessoal e política em anteriores responsabilidades governamentais, no caso dos submarinos e noutros casos"

 

"Também não havia nada que inibisse o senhor Dominique Strauss-Kahn de ser director do FMI e no entanto toda a gente sabia que ele tinha acções altamente reprováveis na sua vida política e profissional e que podiam ser comprometedoras para o seu país e que hoje passam por uma tremenda humilhação".

 

"há questões que toda a gente sabe, que vocês jornalistas sabem, por exemplo o papel que teve a central de desinformação junto do então ministro Paulo Portas no tratamento que a imprensa deu ao caso Casa Pia. É preciso que alguém fale e aqui estou a eu a dar a cara. E disponível para enfrentar as consequências do que estou a dizer"

Muitos pensaram que Ana Gomes estaria a referir-se à orientação sexual de Paulo Portas, mas ela própria fez questão de recentrar polémica no seu blogue pessoal, Causa Nossa, num comentário que intitula de “Homofobia?” (9 de Junho de 11). Contudo, se aproveitarmos a visita furtuita a este espaço poderemos então retroceder a outro comentário que intitula de “Pias e ímpias” (31 de Maio de 2010) onde tece de forma camuflada a seguinte reflexão: “Começando por tratar de evitar que o pau seja de loureiro e a cabeleira loura, à la Deneuve, como a disfarçante de ímpia e insinuante careca.”

Assim, com base neste último comentário e nas suas declarações, é certo que Ana Gomes está a referir-se a uma extensa reportagem, “Les ballets bleus du Portugal”, editada pela revista francesa “Le Point”, no qual é denunciada a existência de dois ministros pedófilos no governo de Durão Barroso. Vejamos, por isso, o seguinte excerto:

“No fio de confidências sabiamente destiladas, ficamos a saber que um certo ministro do PSD (direita), católico austero e muito popular, é um pedófilo notório que regularmente dá umas voltas pela Alemanha ou Holanda para apaziguar os seus demónios. Ou que um outro ministro, membro da coligação no poder, é apelidado de ‘Catherine Deneuve’ nas paragens do Parque Eduardo VII, local para onde são arrastados os jovens homossexuais de Lisboa”. Assinam o artigo francês dois jornalistas, o francês Dominique Audibert e o português Rui Araújo.

Ora sendo que Ana Gomes representará cerca de 1 milhão de portugueses no Parlamento Europeu e Paulo Portas será provavelmente o próximo Ministro dos Negócios Estrangeiros, impõem-se que os jornalistas façam um pouco melhor o seu trabalho de campo e adiantem “as meais palavras” que ficaram por dizer, pedindo-lhe um esclarecimento cabal das suas declarações.




oalmirante @ 10:58

Ter, 07/06/11




oalmirante @ 01:50

Ter, 07/06/11

Porto, 7 de Junho de 2011

 

Portugal vive momentaneamente uma situação de alívio, à qual os mercados não foram, durante o dia de hoje, indiferentes. Finalmente libertamo-nos da claustrofobia democrática em que o Partido Socialista nos encarcerou durante 6 anos de governação. O povo foi mais uma vez soberano e deu razão ao chumbo do PSD às políticas do governo socialista e à convocação de eleições extraordinárias por parte do Presidente da República, concedendo uma maioria à direita parlamentar, expressando ao mesmo tempo a vontade de ter um governo de coligação entre PSD e CDS-PP, de inspiração liberal, de modo a cumprir com os difíceis compromissos assumidos com a troika. E nem mesmo a grande vitória que o PSD alcançou na noite eleitoral de ontem, desalinhou Pedro Passos Coelho do seu trajecto, e o seu discurso de vitória não foi diferente da honestidade que assumiu durante toda a campanha eleitoral, alertando os portugueses para as terríveis dificuldades que o país irá atravessar durante os próximos anos.

Agora, não podemos deixar de assumir as nossas responsabilidades enquanto partido responsável que sempre fomos na oposição, e mais recentemente no governo, pois possuímos condições muito específicas: um presidente cooperante, uma maioria parlamentar e uma forte presença autárquica. Falhar nestas circunstâncias, será perder a confiança dos portugueses, pelo que ninguém poderá invejar esta vitória, face ao caderno de encargos que o PS nos deixa.



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"We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight on the seas and oceans, we shall fight with growing confidence and growing strength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender (...)"

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