Porto, 7 de Junho de 2011
Portugal vive momentaneamente uma situação de alívio, à qual os mercados não foram, durante o dia de hoje, indiferentes. Finalmente libertamo-nos da claustrofobia democrática em que o Partido Socialista nos encarcerou durante 6 anos de governação. O povo foi mais uma vez soberano e deu razão ao chumbo do PSD às políticas do governo socialista e à convocação de eleições extraordinárias por parte do Presidente da República, concedendo uma maioria à direita parlamentar, expressando ao mesmo tempo a vontade de ter um governo de coligação entre PSD e CDS-PP, de inspiração liberal, de modo a cumprir com os difíceis compromissos assumidos com a troika. E nem mesmo a grande vitória que o PSD alcançou na noite eleitoral de ontem, desalinhou Pedro Passos Coelho do seu trajecto, e o seu discurso de vitória não foi diferente da honestidade que assumiu durante toda a campanha eleitoral, alertando os portugueses para as terríveis dificuldades que o país irá atravessar durante os próximos anos.
Agora, não podemos deixar de assumir as nossas responsabilidades enquanto partido responsável que sempre fomos na oposição, e mais recentemente no governo, pois possuímos condições muito específicas: um presidente cooperante, uma maioria parlamentar e uma forte presença autárquica. Falhar nestas circunstâncias, será perder a confiança dos portugueses, pelo que ninguém poderá invejar esta vitória, face ao caderno de encargos que o PS nos deixa.