oalmirante @ 14:14

Ter, 30/11/10

Porto, 30 de Novembro de 2010

 

A organização WikiLeaks publicou durante o dia de ontem, e publicará durante os próximos dias, no seu site documentos diplomáticos confidenciais dos EUA.

Pessoalmente, estou muito preocupado com a qualidade das informações da diplomacia norte-americana que constata de modo surpreendente e curioso que Kim Jong-il é “um tipo flácido” ou “com traumas físicos e psicológicos”, Vladimir Putin e Nicolar Sarkozy são têm um recorte autoritário, Muhammar Khadaffi é considerado um verdadeiro hipocondríaco, Berlusconi aprecia “festas selvagens” e Angela Merkel “tem medo do risco e raramente demonstra imaginação”.

Depois destas conclusões assinadas por Hillary Clinton só posso concluir que os serviços norte-americanos são uns amadores comparados com os nossos bravos do Correio da Manhã.




oalmirante @ 22:33

Qua, 24/11/10

Porto, 24 de Novembro de 2010

 

Hoje, Manuel Alegre acordou “como um pássaro a saudar a greve”. O candidato do BE e do PS que constantemente exige opiniões do actual PR, mas que não tinha nenhuma opinião formada sobre o sentido de voto no OE, admite que não passa de um poeta (pouco utópico).

Enfim, segundo a CGTP e a UGT 3 milhões de portugueses juntaram-se neste dia 24 ao governo, que entrou em greve e deixou de governar desde que foi eleito.




oalmirante @ 03:38

Seg, 22/11/10




oalmirante @ 03:29

Seg, 22/11/10

Porto, 22 de Novembro de 2010

 

A imprensa internacional avançou ontem que num livro que irá ser publicado esta semana o Papa Bento XVI afirma que o uso de preservativo se justifica em certos casos.

Independentemente do contexto em que estão inseridas as suas palavras, este passo é muito importante para a “adaptação” da Igreja Católica ao mundo, mas sobretudo aos seus novos fiéis. Assim, a Igreja começa a enfrentar os problemas da sociedade moderna, ao mostrar-se disponível e compreensiva perante os dilemas mais “delicados”, sejam eles externos ou internos.

O papado de Bento XVI, apesar de ser muito criticado pela imprensa internacional, vai-se adaptando às novas realidades, respeitando contudo as linhas mestras do catolicismo, como é, por exemplo, a oposição ao casamento homossexual.

Apesar de ser ateu identifico-me bastante com esta “segunda parte” do papado de Bento XVI.

 




oalmirante @ 12:30

Qui, 18/11/10

Porto, 18 de Novembro de 2010

 

Nestas últimas semanas recordo com bastante frequência a escola que frequentei durante o ensino básico, a EB 2.3 Irene Lisboa, na freguesia de Cedofeita. Mais do que aprender as matérias que o ensino público português tinha para me ensinar, convivi com colegas dos mais variados quadrantes sociais, e sei bem as dificuldades em que muitos viviam. Pois, todos os anos tinha de partilhar os livros com os colegas, porque só podiam ser levantados no SASE em meados de Outubro, onde também iam buscar algumas roupas para si e para os irmãos.

O Estado português, com o fraco e desorganizado apoio que oferecia às famílias, obrigava estes jovens a entrar na vida do pequeno furto, na vida do crime. No entanto, e como se a humilhação já não bastasse, estes jovens muitas vezes envolviam-se em drogas, poluindo inocentemente o ambiente escolar. A comunidade escolar, geralmente sem o apoio da JF Cedofeita (PSD), promovia todos os anos várias iniciativas, como a feira de Natal, cujas verbas revertiam em favor das famílias dos alunos mais carenciados e da própria escola.

São estas as portas abertas para os jovens portugueses. O Estado português, expressamente, centralizado e, excessivamente, dividido e subdividido, não consegue dar o apoio local que se exigiria, e actua de forma uniforme perante qualquer problema, seja ele financeiro, social e até político, ou seja: “rega dinheiro sobre os problemas”. Por sua vez, os governos para justificar cortes orçamentais são os primeiros a dizer que as pessoas não vivem apenas benefícios fiscais, também dependem dos serviços públicos. Contudo, a sua atitude é perfeitamente contrária, pois menospreza o trabalho no terreno, que seguramente representaria um efectivo corte na despesa do Estado.

Por parte das juventudes políticas nem uma palavra de apoio a estes jovens portugueses que raramente chegam ao ensino superior. A sua suposta superioridade intelectual não admite entender as dificuldades destes jovens, porque raramente conviveram com elas. Talvez por nojo, não fazem o mínimo esforço para se aproximarem destes jovens, fazendo política apenas para uma elite que chega ao ensino superior.

Não gosto de me referir a datas históricas por estas serem excessivamente limitadoras e nem sempre corresponderem ao verdadeiro tempo. Mas, os portugueses continuam sem saber o que é liberdade e igualdade de oportunidades. Não por uma certa burguesia dominar sempre o poder, como uma certa esquerda julga, mas por nunca termos herdado um espírito de liberdade que se quer assente na crítica e não em verdades absolutas.




oalmirante @ 01:17

Qui, 11/11/10

Porto, 11 de Novembro de 2010

 

Nestes últimos dias tenho trabalho em algumas propostas para apresentar na JSD, tenho a percepção que são bastantes diferentes daquilo que vemos nos plenários e por esse mesmo motivo talvez sejam um pouco ousadas. Conquanto, tenha procurado justifica-las o melhor possível, temo que sejam vistas com alguma reticência em prol do caciquismo e da manutenção de poder.

A este respeito sugiro este excelente vídeo. Uma entrevista a Sir Ralf Dahrendorf que nos inspira a lutar pela liberdade e democracia, e negar esta ditadura dos partidos que nos rege a seu bel-prazer.

 

 

Foi um grande académico que também praticou a política. Filiou-se no Partido Social-Democrata (SPD) alemão aos 18 anos. Aderiu depois ao Partido Liberal (FDP). Foi deputado e ministro na Alemanha. Foi na Câmara dos Lordes que liderou a célebre "Comissão Dahrendorf" sobre "criação de riqueza e coesão social numa sociedade livre", que viria a ser uma das fontes de inspiração do New Labour. Admirava o primeiro-ministro britânico Tony Blair pelas suas profundas convicções "mais morais do que políticas" mas foi o primeiro a criticá-lo quando, depois do 11 de Setembro, quis limitar as liberdades em nome da segurança.

O seu amor pela liberdade talvez o tenha aprendido nos anos da sua juventude, quando teve de conviver com dois totalitarismos. Disse muitas vezes que os dois anos mais importantes da sua vida tinham sido 1945 e 1989.

A sua história começa em Hamburgo, onde nasceu a 1 de Maio de 1929, filho de um dirigente social-democrata da República de Weimar, Gustav Dahrendorf, preso no ano em que Hitler chegou ao poder e, de novo, em 1944. Com apenas 15 anos, Ralf seguia as pisadas do pai: preso no mesmo ano pela Gestapo, enviado para um campo de concentração, libertado pelo exército soviético.

Depois da libertação, Gustav ficou do lado errado da Alemanha. De novo preso por se recusar a participar nas negociações impostas pelos comunistas aos sociais-democratas para fundir os dois partidos. "Esta dupla experiência do totalitarismo - nazi e comunista - e da resistência contra eles fundaram o compromisso de Ralf Dahrendorf com a causa da liberdade e preveniram-no contra as seduções ideológicas", escreve João Carlos Espada.

Regressa a Inglaterra em 1974 para dirigir a London School e, depois, o St. Antony's College de Oxford. Foi lá, no passado dia 1 de Maio, no dia em fez 80 anos, que um grupo de académicos e amigos se reuniu uma última vez com ele para uma homenagem e uma última discussão. Entre os presentes, o historiador britânico Timothy Garton Ash (o organizador), o filósofo alemão Juergen Habermas e o político italiano Guiliano Amato.

Numa das suas obras de referência, Class and Class Conflit in Industrial Societies (1959), desenvolve uma das suas ideias fundamentais sobre as sociedades democráticas. "O monismo totalitário baseia-se na ideia de que o conflito pode e deve ser eliminado. (...) Essa ideia é tão perigosa quando errónea. O pluralismo das sociedades livres baseia-se no reconhecimento e na aceitação do conflito".

in Público 19.06.2009 - 07:07 Por Teresa de Sousa




oalmirante @ 23:09

Seg, 08/11/10

Porto, 8 de Novembro de 2010

 

Deixo aqui uma proposta para o novo equipamento do Benfica!

 




oalmirante @ 23:50

Dom, 07/11/10

Porto, 7 de Novembro de 2010

 

Ontem, estive à porta da sede distrital, em Guerra Junqueiro, a assistir às eleições dos delegados ao congresso nacional da JSD. Foram sem dúvida umas eleições bem disputadas e espero que tenham marcado uma nova viragem política para o Porto. Isto é, marcou o início de um projecto que deverá começar do zero, sem qualquer tipo de preconceitos políticos e que te de promover uma ruptura com uma certe classe política que já há alguns anos tem vindo a tomar conta do Porto.




oalmirante @ 02:25

Sex, 05/11/10




oalmirante @ 01:25

Qui, 04/11/10

Porto, 4 de Novembro de 2010

 

Hoje, tive a oportunidade de assistir ao segundo dia de debate do orçamento, bastante diferente do primeiro que ficou marcado por alguma crispação entre os partidos de direita e o governo, principalmente entre Paulo Portas e José Sócrates. Contudo, no dia de hoje, a ex-líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, saltou da fila dos bastiões adormecidos para fazer uma intervenção dirigida a todos os quadrantes políticos. Assim, foi com silêncio e respeito que o parlamento ouviu as palavras da única pessoa que dentro da política activa vinha alertando para a calamidade das contas públicas, e que lhe custou as eleições legislativas.

Manuela Ferreira Leite durante a sua intervenção aludiu à posição de responsabilidade tomada por esta nova direcção do PSD e preveniu o parlamento para não dar a mínima margem de erro à execução orçamental, como tem acontecido sucessivamente até então. Mas a ex-líder reafirmou também alguns valores desconhecidos para a classe política, como falar verdade aos portugueses.

Todavia, o frenesim de esquerda não tardou em tentar derrubar este bom discurso de Ferreira Leite, tornando-o numa intervenção inequivocamente irrepreensível do ponto de vista político. Mas, nem os truques de Francisco Louçã, nem o discurso inflamado dos comunistas diminuíram o humor de Ferreira Leite.

O “momento Ferreira Leite” foi sem dúvida um momento de grande elevação política. Porém, José Sócrates não tardou em fazer malabarismos retóricos com as palavras de Ferreira Leite e conclui insolentemente que “finalmente tinha sido ouvido”. Aliás, temo que o tal “eu curioso” do primeiro-ministro só tenha compreendido agora a mensagem de Manuela Ferreira Leite, quando o deficit e desemprego estão acima dos 9% e 10% respectivamente e o tempo é escasso para repor a ordem nesta casa portuguesa.




oalmirante @ 19:23

Seg, 01/11/10

Prefiro rosas, meu amor, à pátria,

E antes magnólias amo

Que a glória e a virtude.

 

Logo que a vida me não canse, deixo

Que a vida por mim passe

Logo que eu fique o mesmo.

 

Que importa àquele a quem já nada importa

Que um perca e outro vença,

Se a aurora raia sempre,

 

Se cada ano com a primavera

As folhas aparecem

E com o outono cessam?

 

E o resto, as outras coisas que os humanos

Acrescentam à vida,

Que me aumentam na alma?

 

Nada, salvo o desejo de indiferença

E a confiança mole

Na hora fugitiva.

 

Ricardo Reis



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"We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight on the seas and oceans, we shall fight with growing confidence and growing strength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender (...)"

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