oalmirante @ 14:48

Seg, 31/01/11

Porto, 31 de Janeiro de 2011

 

A janela de oportunidades volta-se a abrir no Médio Oriente. Os últimos seis dias têm sido marcados pelos protestos de milhares de egípcios, na Praça Al-Tahrir, no Cairo. Os protestos em Tunes que depuseram Ben Ali colocaram em xeque todo o mundo árabe que agora acompanha com receio as próximas horas.

A queda eminente do regime de Mubarak, que há quase três décadas condena o povo egípcio à miséria, vive os últimos dias. O princípio de um novo regime baseia-se no facto de toda a oposição egípcia se ter centrado em ElBaradei, Nobel da Paz em 2005, incluindo a Irmandade Muçulmana, e poderem pugnar por um regime democrático e laico. Mas a escolha de ElBaradei certamente que ultrapassa a satisfação dos egípcios e neste momento é um importante motivo de descanso para Israel e EUA.

O mundo árabe vive e viverá sem dúvida novos dias. Primeiro, os protestos Teerão em 2009 contra a reeleição fraudulenta de Ahmadinejad, de seguida em Tunes, e agora a charneira do mundo árabe, o Cairo. Mas o que têm em comum estas três manifestações? De onde foram impulsionadas? A resposta é única: Redes Sociais. As manifestações de Teerão ficaram marcadas pelo Twitter, e estas mais recentes no Cairo pelo Facebook.

As Redes Sociais têm tido um papel fundamental para a democratização de todo o mundo árabe. Aliás, as preocupações dos vários regimes atestam este efeito: a Síria que sempre impediu o acesso a redes sociais, o acesso ao Twitter no Irão, o Egipto que se torna no primeiro país a cortar a Internet e até a China, que não muito distante desta realidade, cortou o acesso a pesquisas que envolvam a palavra “Egipto”.

“A Praça Al-Tahrir transformou-se numa rede social, num Facebook ao vivo”. Esta é uma das frases destacadas na capa do jornal Público, e que faz referência aos activistas da página do Facebook, Kolane Khaled Saied (fundamental no eclodir da revolta), que têm ouvido as pessoas na Praça de Al-Tahrir para posteriormente se reunirem com o partido liberal, que está ilegalizado.

A importância e eficiência das redes sociais na organização e divulgação de manifestações no Médio Oriente é inegável, têm sido as principais responsáveis pela reabertura desta janela de oportunidades, pela tentativa de acabar com as ditaduras patrocinadas pelos EUA durante todos estes anos. Pessoalmente, duvido que os principais “fundadores” da Web 2.0, e consequentemente das Redes Sociais tivessem em mente esta dimensão política, diplomática e humanitária das suas criações.




oalmirante @ 00:44

Seg, 31/01/11

Porto, 31 de Janeiro de 2011

 

Mais uma vez observo algumas “criaturas” que vivem da política. Permitam-me usar a mesma linguagem de Alberto João Jardim. Mas realmente estas “criaturas” não fazem mais nada do que controlar o seu pequeno rebanho e coscuvilhar nos bastidores partidários para saber de onde sopra o vento.

 




oalmirante @ 04:20

Qui, 27/01/11




oalmirante @ 04:08

Qui, 27/01/11

Porto, 27 de Janeiro de 2011

 

Nestes últimos dias tenho-me dedicado à dinamização do Porto Laranja na Web 2.0. Reformulei o blogue tornando-o muito mais dinâmico e apelativo à leitura e consequente debate. Mas também não pude desmerecer as redes sociais, essenciais para uma intervenção política mais próxima das pessoas, dou alguns exemplos: o Facebook, Twitter, Youtube e Fickr. Cada um com as suas especificidades, o Facebook bastante generalista, o Twitter para mensagens mais rápidas, o Youtube para divulgar os vídeos das iniciativas e o Flickr para a divulgação das fotos.

Obviamente, não desenvolvi este trabalho, esta teia online ao acaso. Desenvolvi porque acredito que actualmente é o método mais eficaz para lançar ou relançar projectos desta envergadura. E neste caso particular este é um projecto, um grupo de extrema importância, uma vez que representa um dos poucos espaços políticos onde podemos ouvir, ser ouvidos e participar. Seja qual for a nossa opinião, que maioritariamente é diversa, nenhuma consequência decorre das nossas posições.

Acredito que neste novo ano, o Porto Laranja irá introduzir temas mais aliciantes aos jovens, assuntos onde se sintam mais integrados e não a passear nas nuvens de PECs, PRECs, PRACEs, etc. Uma linha mais pedagógica que tenha por último a participação política, será sem dúvida introduzida pelo Porto Laranja na cidade do Porto.




oalmirante @ 04:46

Ter, 25/01/11

Porto, 25 de Janeiro de 2011

 

No passado sábado fui ao Teatro Nacional São João assistir à peça 1974, uma breve passagem pelo Estado Novo, 25 de Abril e integração europeia. Confesso que não apreciei particularmente esta peça.

O Teatro Nacional São João (TNSJ) apenas o tinha visto por fora, e fiquei incrivelmente estupefacto com a sua beleza interior, extremamente acolhedor. Não sendo até agora um apreciador das artes teatrais, confesso que os últimos espaços que tenho visitado na cidade do Porto têm-me cativado bastante. Aproveito para deixar aqui este apontamento.




oalmirante @ 03:14

Ter, 25/01/11




oalmirante @ 03:05

Seg, 24/01/11

Porto, 24 de Janeiro de 2011

 

Que fará agora a classe política? Cerca de 53% do eleitorado absteve-se de ir votar nestas eleições presidências, ao qual podemos somar 4% de votos brancos e 2% nulos. A classe política bem se pode esforçar para tapar o sol com a peneira, porque quem saiu vencedor destas eleições foi o povo português, que através do voto fez aprovar a sua moção de censura a este sistema político. O sistema semipresidencial não tem mais pernas para andar, os portugueses pediram uma reforma, não se sentem satisfeito com este sistema.

A abstenção tem obrigatoriamente de continuar a subir, enquanto não nos propuserem uma solução credível capaz de encabeçar: “Uma maioria, um Governo, um Presidente”!

Na política portuguesa a única liberdade que temos é o voto. E correr o risco de deixar que os outros decidam por nós não deve ser fácil e felicito os que o fizeram de consciência. Só precisamos de uma classe política com sentido de compromisso.




oalmirante @ 04:10

Sab, 15/01/11

Porto, 15 de Janeiro de 2010

 

Há alguns dias atrás escrevi sobre o estranho Ser que era o Ministro da Defesa. Mas, estava completamente enganado. A verdade é que depois de José Sócrates apresentar de modo formal ao PS a sua recandidatura a Secretário-Geral, e de começar a preparar uma remodelação no Governo, é que se fez luz na minha cabeça! Afinal, estas afirmações de Augusto Santos Silva vêm na sequência de novas investigações que o próprio tem levado a cabo na área da psicologia comportamental. Ou seja, Augusto Santos Silva retoma aquilo que foram as investigações de Pavlov na produção de saliva. A diferença está em que as cobaias desta experiência não são cães, mas sim Pedro Passos Coelho. Ora, com esta base de apoio e, certamente, com um estudo preparado sobre os reflexos condicionados da oposição, Augusto Santos Silva encabeçará nesta nova remodelação do Governo a pasta do Ministério da Ciência!




oalmirante @ 02:55

Qua, 12/01/11




oalmirante @ 01:03

Qua, 12/01/11

Porto, 12 de Janeiro de 2011

 

Cavaco Silva nestas últimas semanas de campanha tem adoptado um discurso bastante parecido ao de Henrique Medina Carreira, no programa da SIC Notícias, Plano Inclinado, embora se exceptue o dramatismo. Contudo, esta postura de Cavaco é muito tardia, embora afirme que já vinha alertando para que mais tardo ou mais cedo chegaríamos a uma situação “explosiva”, o facto é que só ouvimos essas objectivas palavras da boca do PR durante a mensagem de ano novo de 2010. Ao invés do Presidente, Medina Carreira, Ferreira Leite, entre outros, vinham alertando de forma objectiva e clara, desde o início da década, para a situação insustentável para que caminhávamos, e que a crise internacional acelerou de forma trágica. Apesar de ser do PSD e de provavelmente votar Cavaco Silva nas próximas eleições presidências, não posso negar que desde 2005 até 2010 as mensagens do Presidente da República liam-se de todos os lados e davam azo a todas as interpretações possíveis. Cavaco Silva não foi claro e objectivo nas mensagens que enviava aos principais responsáveis políticos.

Agora, adopta esse discurso. Um discurso que porventura lhe dará a vitória, mas com o qual se terá de comprometer nos próximos 5 anos. Ao contrário de José Sócrates, Cavaco Silva não tem a fama de quem promete e não cumpre. E portanto, é muito importante que este espírito interventivo e de falar verdade tenha efeitos pós-eleições. Porque só o actual Presidente da República tem capital para ganhar eleições falando verdade, nenhum outro político conseguirá ganhar eleições falando a verdade e apresentando todo o seu projecto político para Portugal.

 




oalmirante @ 03:06

Ter, 11/01/11




oalmirante @ 02:08

Ter, 11/01/11

 




oalmirante @ 21:45

Seg, 10/01/11

Porto, 10 de Janeiro de 2010

 

Sempre ouvimos que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno-almoço. Mas, o governo também parece querer enveredar por essa prática, certamente para poupar mais nos abonos que tanto impedem este país de rejuvenescer e sair da cepa torta. Primeiro, Santos Silva “malhava”, agora também “saliva”, mas que tipo de mutante é o nosso Ministro da Defesa! Só agora compreendo a escolha de José Sócrates em colocar Santos Silva a capitanear a pasta da Defesa, para fazer a sua política de terror por esses lados mais insensíveis.

 




oalmirante @ 21:31

Seg, 10/01/11

Porto, 10 de Janeiro de 2010

 

A comunicação social nestes últimos dias tem sido dominada pelo homicídio de Carlos Castro. Ao que consta o modelo Renato Seabra, que participou num concurso da SIC durante o Verão, é o autor dos crimes. Sim, dos crimes, porque efectivamente não estamos a falar de apenas um crime de homicídio, existe burrice activa em todo este acto criminoso. Falamos de um português que tem um país fantástico e acolhedor para este tipo de práticas, mas que mera pirraça decidiu faze-lo nos EUA.

Dos principais dirigentes políticos nem uma palavra sobre este caso. A bolsa está no vermelho à quatro sessões consecutivas, os juros dos títulos da dívida rondam os 7% e agora isto para denegrir mais a imagem de Portugal no estrangeiro. Num país afrodisíaco no que respeita ao sector da Justiça, o português Renato Seabra decide assassinar Carlos Castro, num dos países menos recomendados para esse tipo de práticas. Que pensará a comunidade internacional de nós, que não nos sabíamos governar já todos sabiam, mas a esperteza continuava a ser um dos nossos fortes!




oalmirante @ 04:44

Dom, 09/01/11

 

 

"To improve is to change; to be perfect is to change often."

 




oalmirante @ 04:28

Dom, 09/01/11

Porto, 9 de Janeiro de 2011

 

Hoje, apanhei-me a reflectir sobre sondagens. Afinal de contas qual será o método usado para fazer uma sondagem das eleições internas de um partido. No caso do PSD, será que os meios de comunicação social ligam para uma ou duas distritais, três ou quatro concelhias dissidentes dessas distritais e fazem uma regra de três simples para fazer a sondagem?

Gostaria de ver esta metodologia explicada, porque realmente não encontro outra maneira de obter dados concretos sobre esta matéria.




oalmirante @ 03:40

Dom, 09/01/11




oalmirante @ 03:31

Dom, 09/01/11

Porto, 9 de Janeiro de 2011

 

Devido à falta de tempo, tenho acompanhado de modo muito superficial estas eleições à Presidência da República. Mas, há momentos que me recuso a perder, e um deles foi a entrevista do nosso bravo “candidato Coelho” a Judite de Sousa. “Coelho ao poleiro” é o seu lema de campanha, que funciona no Continente de táxi e na Madeira, em terras do jardinismo, de carrinha funerária. Contudo, esta candidatura, sustentada na sátira e na loucura, deve ser levada muto a sério pelos actuais responsáveis políticos, uma vez que atinge a honra e dignidade que supostamente devia ser reconhecida a esta classe.

Mas falando um pouco mais dos verdadeiros candidatos, as eleições que ao início eram consideradas uma passeata de Cavaco Silva pelo país, começam a complicar-se, ou melhor Cavaco Silva decidiu complicar estas eleições. O renascer do fantasma do BPN, fez com que Cavaco Silva assumisse uma postura demasiada activa e, absolutamente, incongruente com o seu mandato. Á semelhança de Manuela Ferreira Leite refere-se demasiadamente à sua seriedade e honestidade, o que começa a “cheirar mal” para muitos que se começam a questionar sobre o porquê de insistir tanto nesses aspectos, terá algo a esconder? Pessoalmente penso que não, mas deve um esclarecimento claro ao país sobre todo este caso, afinal trata-se de o político que está há mais tempo no poder e que reserva para si um importante lugar na História de Portugal.

Em termos ideológicos a pobreza destas eleições é gritante. Temos apenas um candidato de direita e um plutão de radicais e extremistas demagogos, sem a mínima experiencia governativa. O mais alto cargo da nação está a ser desrespeitado e a abstenção que, certamente, se irá verificar é a subscrição de uma moção de censura a toda a classe política.




oalmirante @ 16:29

Ter, 04/01/11

 

 




oalmirante @ 21:32

Dom, 02/01/11




oalmirante @ 00:56

Dom, 02/01/11

Porto, 2 de Janeiro de 2011

 

Faltam 21 dias para as eleições presidenciais. O debate que tem existido entre os candidatos à Presidência da República tem sido bastante lírico, os candidatos a cada sessão de esclarecimento transparecem a inutilidade do cargo para o qual se candidatam. Tal como todos os portugueses também eles não sabem o que é um Presidente da República Portuguesa, ou melhor confirmam apenas a leve suspeita de que não passa de um manager de emoções. O sistema político não devia ter espaço para cargos fantoches, e o mais alto cargo da hierarquia política nacional é precisamente um desses exemplos.

No século XX decidimos retirar um Rei para colocar um Presidente da República, em nome de um sistema política totalmente roto e esgotado. Contudo, passados exactamente 100 anos conseguimos dar uma volta de 360º, com as melhorias da evolução naturalmente subjacentes ao tempo decorrido, os portugueses têm o mesmo estado de espírito e sentimentos que os seus antepassados há 100 anos atrás. E o problema, tal como em finais do século XIX e inícios do século XX, são a nossa natural tendência para a desorganização, continuamos a ser um povo que não se governa nem se deixa governar. Um exemplo desta cultura são os partidos políticos que são a imagem exacta dos partidos que tínhamos no regime monárquico.

Portugal continua a falhar nas grandes questões, que muitas vezes parecem meros detalhes aos olhos da maioria.

 



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"We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight on the seas and oceans, we shall fight with growing confidence and growing strength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender (...)"

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