Porto, 7 de Agosto de 2011
Durante esta semana a deputada do PSD, Joana Barata Lopes, protagonizou, penso que em nome do grupo parlamentar do PSD, um momento bastante delicado e porventura o mais negativo desta legislatura. Durante a audição do presidente do INEM, no Parlamento, a deputada assumiu que o grupo parlamentar fez uma chamada falsa para o 112 para testar a rapidez de resposta do serviço nacional de emergência. De imediato o assunto provocou indignação entre os parlamentares, por constituir, segundo alguns deputados e o presidente do INEM, um ilícito e eventualmente um crime. Mas prontamente o grupo parlamentar justificou o acto, como sendo um teste, feito por um deputado da Nação.
Desde logo esta avaliação deve ser feita por uma entidade independente, cabendo simplesmente à Assembleia da República avaliar esses mesmos resultados. Contudo, o grupo parlamentar do PSD, neste caso específico, não acautelou os meios para atingir os fins, pelo que sai deste caso com uma imagem bastante negativa, e meritória de uma forte reprimenda do Conselho Nacional do partido. Pois, tenho sérias dúvidas que este caso fosse possível sob lideranças recentes, como a de José Pedro Aguiar-Branco, Paulo Rangel, e até mesmo Miguel Macedo.
O PSD tem que ser muito crítico com os seus próprios erros, não podemos ter uma bancada parlamentar que comete erros perfeitamente infantis e desnecessários. Não podemos desviar a atenção dos portugueses para assuntos perfeitamente secundários. Com erros de palmatória destes descredibilizam a confiança no partido, e consequentemente no governo.