Porto, 5 de Setembro de 2011
Após os confrontos do mês passado em Inglaterra, a coligação de governo discute internamente as soluções de futuro para este problema que se revelou a juventude inglesa. Uma juventude rebelde, sem regras, violente em alguns casos, sem emprego e dependente do Estado, é o problema que o governo de David Cameron e Nick Clegg tem para resolver.
Contudo, esta coligação de liberais e conservadores foca a origem do problema em dois pontos distintos. Os conservadores na escola, defendendo mais disciplina nas escolas; e os liberais nos pais, enquanto agentes educativos em comunhão com a escola.
Actualmente, em Inglaterra se um aluno faltar às aulas sem justificação os pais podem ser multados, e caso venham a falhar o pagamento poderão mesmo cumprir pena de prisão. No entanto, esta medida não funciona porque muitos pais recusam-se a pagar e os tribunais não os condenam à pena de prisão. Acontece então que muitos desses pais recebem um subsídio pago por muitos dos contribuintes que sofreram as consequências dos motins provocados pelos filhos destes.
Sendo portanto mês de Setembro, tempo de reentré, e com a colocação de professores, inicio do ano lectivo e a avaliação dos professores ainda pendente, muito por causa da má vontade dos sindicatos, nomeadamente a FENPROF. A educação será naturalmente tema de debate nos próximos dias. Felizmente a nossa juventude não partilha do mesmo espírito de violência dos ingleses, mas partilha muitos dos maus hábitos referidos anteriormente, existe, no entanto, uma diferença significativa no tratamento desta questão. Enquanto em Inglaterra já concluíram que o problema ou está nas escolas, e consequentemente nos professores, ou nos pais, ou em ambos; em Portugal só sabemos que a culpa é dos alunos, porque temos dois tipos de santos: os professores, que diariamente são santificados pela classe política e respectivos sindicatos; e os pais.