Miguel Relvas é o ministro da máquina, o gangster, como lhe preferem chamar os partidos de esquerda. Foi com o seu forte contributo que Pedro Passos Coelho foi eleito presidente do PSD, e posteriormente Primeiro-ministro. Assim, numa primeira fase apenas precisou de lidar com algumas figuras partidárias, mas agora enquanto ministro o espirito das negociatas não basta.
E não bastou, porque não foi preciso sequer um ano para que se espalhasse ao comprido. Primeiro o caso das Secretas, e agora no seu seguimento as pressões sob a jornalista do Público. Ora já todos sabemos que deixar Miguel Relvas lidar com a comunicação social, é o equivalente a colocar Strauss-Khan e uma camareira no mesmo quarto de hotel, ou seja, dá asneira!
Contudo, o mais preocupante não é isso, ou melhor, será se Passos Coelho não lhe passar uma guia de marcha. Mas, o que realmente me aflige é ver os militantes do PSD e CDS que foram tão críticos, e com razão, em relação às alegadas pressões do anterior governo sob a TVI, virem agora com paninhos quentes tentar desdramatizar esta questão.
Num governo democrático é inadmissível existirem pressões sob os membros da comunicação social, e se o ministro lida mal com a pressão das perguntas, então é mais que óbvio que não serve para o cargo! Esta é uma excelente altura para Passos Coelho demonstrar a sua coragem e livrar-se destes “polvos” partidários.